Nunca. Nunca
desista de uma viagem por algo que você possa resolver depois. Por alguém que
continuará ali depois. Vá.
Tire uma semana ou
vinte dias. Mude de país por uns tempos, faça uma mala enorme e volte com o
dobro – ou menos da metade.
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desconhecidos ou aproveite da casa daquele seu primo de terceiro grau que mora
em NY. Arrisque sem medo, mesmo que na primeira noite você não tenha onde
dormir. Os anjos da guarda dos mochileiros nunca deixam na mão. E tem sempre um
brasileiro gente boa para ajudar.
Se permita ir.
Junte uma grana por um ano. Mesmo que isso te faça ficar seis meses alternando
entre miojo e salsicha, Netflix e cinema na quarta. A melhor sensação do mundo
é comprar as passagens com o dinheirinho guardado, suado, e fazer no Google o
seu próprio roteiro. Não ignore as dicas de quem já conhece o lugar. Anote
todas elas.
Chute o balde
daquele emprego que te deixa chata e sem pique. Na volta, procure algo que te
faça verdadeiramente feliz. Se você voltar.
Renove a alma. Fique
mais de dois dias sem encostar no celular. Viagem boa é aquela que não sobra
muito tempo para as redes sociais. Desapareça um pouco.
Sinta as borboletas
e dores no estômago. Experimente a comida apimentada, o suco da fruta típica, o
cachorro quente da esquina e a sobremesa que equivale a um dia inteiro de
refeição. Viva totalmente o lugar. A dor de barriga quase sempre vale a
aventura.
Conhecer
brasileiros é bom para matar a saudade de casa, mas faça amizade com os
nativos. Fuja do guia de turismo quando puder. Pegue o metrô sempre que tiver.
Sem frescuras.
Nunca deixe a
oportunidade de uma viagem passar. Viajar é sentir saudade e deixar que sintam
a sua falta também. A única bagagem que você não paga nada se exceder é a
cultural.
*Fonte: Dizeres
Imperfeitos
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