16 de janeiro de 2015

Nem precisa título..

Nunca. Nunca desista de uma viagem por algo que você possa resolver depois. Por alguém que continuará ali depois. Vá.
Tire uma semana ou vinte dias. Mude de país por uns tempos, faça uma mala enorme e volte com o dobro – ou menos da metade.
More com desconhecidos ou aproveite da casa daquele seu primo de terceiro grau que mora em NY. Arrisque sem medo, mesmo que na primeira noite você não tenha onde dormir. Os anjos da guarda dos mochileiros nunca deixam na mão. E tem sempre um brasileiro gente boa para ajudar.
Se permita ir. Junte uma grana por um ano. Mesmo que isso te faça ficar seis meses alternando entre miojo e salsicha, Netflix e cinema na quarta. A melhor sensação do mundo é comprar as passagens com o dinheirinho guardado, suado, e fazer no Google o seu próprio roteiro. Não ignore as dicas de quem já conhece o lugar. Anote todas elas.
Chute o balde daquele emprego que te deixa chata e sem pique. Na volta, procure algo que te faça verdadeiramente feliz. Se você voltar.
Renove a alma. Fique mais de dois dias sem encostar no celular. Viagem boa é aquela que não sobra muito tempo para as redes sociais. Desapareça um pouco.
Sinta as borboletas e dores no estômago. Experimente a comida apimentada, o suco da fruta típica, o cachorro quente da esquina e a sobremesa que equivale a um dia inteiro de refeição. Viva totalmente o lugar. A dor de barriga quase sempre vale a aventura.
Conhecer brasileiros é bom para matar a saudade de casa, mas faça amizade com os nativos. Fuja do guia de turismo quando puder. Pegue o metrô sempre que tiver. Sem frescuras.
Nunca deixe a oportunidade de uma viagem passar. Viajar é sentir saudade e deixar que sintam a sua falta também. A única bagagem que você não paga nada se exceder é a cultural.

*Fonte: Dizeres Imperfeitos

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