A pior saudade é aquela que se sente que é impossível de matar.
Saudade do verão de 2009. Das indiadas. De andar de 7 em um carro. Do boliche em que uma caiu, a outra conseguiu tocar a bola na outra pista e outra conseguiu jogar a bola pra trás. Das pessoas sempre presentes e sem problema nenhum, leia-se NENHUM mesmo. Onde ir e como ir nunca era o problema. Andar na caçamba com as amigas e com melancias nunca foi um problema também, aliás, andar pela cidade carregando a mochila com uma melancia dentro também era tranquilo. Ir de fusca azul pra praia e voltar cantando músicas bregas com todas nossas forças, substituindo perfeitamente um rádio. Saudade dos jogos: Imagem e ação, Uno, Banco imobiliário e o Jogo da vida nunca mais foram os mesmos. Saudade das mil cidras. Saudade das terças de Halong mesmo tendo que trabalhar no outro dia. Saudade das voltas na lagoa. Saudade do tempo que nenhuma tinha carteira de motorista e mesmo assim a gente nunca deixava de fazer nada, independente da distância. Saudade de andar demadrugada pela rua conversando. Do "le parkour" no prédio de uma delas. De sair de bicicleta da casa de outra e ter a bicicleta danificada no meio do caminho. Saudade do caiaque. Das fotos. Da tradição do dia do amigo. Daquelas risadas sem fim. De ficar sem sono e sempre ter a companhia de uma delas. Do apoio incondicional em qualquer situação. Dos espetinhos. O passeio de Maquiné. Da mudança radical do cabelo, da vida e até de cidade. Saudade de que ninguém cobrava nada de ninguém e todo o amor saía sincero. De ir parar no Bali Hai depois das 3h da manhã. De ir pra Gramado com 3 pessoas e 53 reais (e o cartão.. ufa). Das pérolas de sabedoria e das pérolas engraçadas. Acho que sinto falta até do ano novo fail dentro do carro com uma dormindo no banco de trás.
É tão normal que pessoas novas entrem na nossa vida. Mas as 'velhas' nunca perdem o espaço não, hein?
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